domingo, 9 de março de 2014

"Say no to racism"


“Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor de sua pele.”
Martin Luther King

Ultimamente, tenho escutado denúncias de racismo vindas da TV, fazendo apelo as torcidas para tal comportamento. Não vou dizer que não acompanho esporte, já fui mais seguidora; hoje só vejo por cima. Mas não posso deixar de opinar sobre isso. Bom, a situação é a seguinte: um juiz, do Rio Grande do Sul, e um jogador, de um time de futebol da Baixada Santista, sofreram racismo (casos separados).

Não é de hoje que isso acontece; é prescrito em lei o crime e o que me choca nisso tudo é a TV fazendo a campanha de não ao racismo no esporte ao mesmo tempo em que ela própria mostra, de forma escancarada, o racismo por meio de propagandas e novelas. É muita hipocrisia contida em um veículo de comunicação. Se você reparar: nas propagandas de bancos em que é retratado o sonho de se ter uma casa ou um seguro de vida, a família apresentada, na maioria das vezes, é branca e tem um padrão de vida elevado; nos outdoors de colégios tops, os “estudantes propagandas” são brancos em maioria... Um ou outro é negro “pra fazer a média”; em novelas, moram nos bairros de luxo gente branca e nas favelas, gente negra. Sem contar a ridícula reportagem do Fantástico falando que a favela é um lugar seguro como propaganda aos que vierem assistir aquele evento inútil que ocorrerá no meio do ano (Globo Lovers, respeitem minha opinião).

Outro fato que eu quero comentar, agora no campo da moda: Quantas bonecas negras famosas existiram? Segundo minhas pesquisas, algumas. Como referência, usarei a Barbie. Antes da 1ª Barbie negra, existiram outras duas bonecas (anos 60) a Tammy e a Misty, mas, com traços caucasianos.A primeira, de fato, foi uma prima da Barbie chamada de “Colored Francie”, mas, ainda com traços caucasianos. As mais conhecidas estão em edição de colecionador e homenageando celebridades como Naomi Campbell e Diana Ross. Até na moda, além de ditar padrões, discriminam.


É triste todo esse racismo tanto lá fora como aqui, e ainda tem brasileiro que acha que aqui não tem racismo ou que só gente branca é rica e gente negra é da favela. Eu já morei em um local em que,ao redor, só tinha favela.Também, no meu tempo de colégio, voltava com transporte escolar, e passava inúmeras vezes no meio de uma favela. Posso dizer com propriedade: tem muita gente branca lá. Ser branco não é ter padrão elevado de vida como se mostra na globo, não é comer carne Friboi, não é nada disso. É ser como qualquer outra pessoa seja ela branca, negra, parda, e etc. Os direitos na constituição são iguais. É ridículo esse racismo desenfreado, ainda mais aqui, “país sem racismo”. Até por que com tamanha miscigenação, não temos uma raça definida, somos vira latas. Com um pouquinho de história e mente aberta, talvez, as coisas possam começa a mudar.

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